Se você é fã de futebol, certamente já ouviu falar de Carlos Gamarra. O zagueiro paraguaio fez história no futebol brasileiro com as camisas de Inter e Corinthians. Além disso, somou passagem por outros grandes clubes da América Latina e da Europa.
Na coluna de hoje, relembro um campeonato específico em que o zagueiro se destacou: a Copa do Mundo de 1998.
Na época, Gamarra estava no Corinthians e já se destacava quando foi convocado para uma seleção paraguaia casca-grossa, que na época contava com Chilavert e companhia.
Os Guaranis estavam no grupo D, ao lado de Espanha, Bulgária e Nigéria. Este grupo teve muitas surpresas, a começar que a Nigéria venceu os dois primeiros jogos e se classificou, deixando a Espanha de Raul e a Bulgária de Stoikvov para trás.
O Paraguai, por outro lado, graças a excelentes atuações de Gamarra - o defensor ficou os dois jogos sem fazer falta e era líder de desarmes -, segurou Espanha e Bulgária, com dois empates sem gols. Já, contra a sensação, Nigéria, venceu por 3 a 1. Os gols paraguaios foram de Ayala, Benitez e Cardozo.
Segundo colocado no grupo, a Albirroja teve o azar de enfrentar os donos da casa. No estádio Felix Bollaert, em Lens, o Paraguai enfrentou a França por uma vaga nas quartas de final.
Durante o tempo normal, os franceses se esforçaram, criaram chances, mas não conseguiram furar a zaga comandada por Gamarra. Na prorrogação, já com os dois times extenuados, o xerife paraguaio lesionou o braço. Desse modo, sem poder substituir mais, Carlos Gamarra jogou a prorrogação toda com o braço imobilizado.
Faltando seis minutos para o fim da prorrogação, Blanc marcou o gol de ouro, classificando a França, que acabou conquistando o título.
Apesar desse baque, Gamarra se consagrou nesse torneio liderando estatísticas e fazendo parte da seleção da Copa de 1998. Nesse mesmo ano, ele seria campeão brasileiro pelo Corinthians. Mas aí, é outra história.