Pelo título já dá para saber o tema. Vou falar do México, um dos casos mais peculiares do futebol, uma das que levam mais a sério o bordão: "jogaram como nunca, perderam como sempre". Apesar disso, uma coisa é certa: dificilmente o Brasil terá facilidade contra os mexicanos. Portanto, nesse texto, vou relembrar jogos que assisti ao vivo e outros que assisti VT (sim, sou o louco que assiste à partida inteira da década de 80 e 90).
No final da década de 90, o México teve uma das suas melhores gerações: Blanco, Borgetti, Arellano, Pardo, Torrado, Hernandez... Enfim, eles tinham muita esperança que esses jogadores fizessem campanhas históricas em copas do mundo e outras competições.
Bom, na copa não rolou. O México seguiu a sina de sempre avançar de fase e cair nas oitavas. Uma delas, inclusive, para o Brasil em 2018, já com outra geração de jogadores.
Em outras competições, no entanto, os Aztecas aprontaram para cima do Brasil. A Copa das confederações de 1999, realizada em solo mexicano é um exemplo. A seleção canarinho, então vice-campeã do mundo, chegava favorita com Vanderlei Luxemburgo no comando e Ronaldinho Gaúcho e Alex em campo.
Entretanto, na final, o estádio Azteca tremia - talvez um dos grandes jogos da história do México -, 4 a 3 para el Tri. Show de Blanco e companhia, que ainda contaram com uma das raras falhas de Dida e um Brasil perdido em boa parte do jogo. Assim, o título ficou na América Central.
No mesmo torneio, seis anos depois, o Brasil era ainda mais favorito. Uma Geração muito exaltada por seu talento, atual campeão do mundo, os brasileiros esbanjavam confiança, ainda mais após baterem os gregos com facilidade na estreia por 3 a 0. Ledo engano. Na segunda rodada, 1 a 0 México, gol de Borgetti de cabeça. E aquele time encantador da final quase ficaria de fora do campeonato após um empate suado com o Japão na última rodada em 2 a 2.
Dois anos mais tarde, com as duas seleções reformuladas, o time de Dunga estreava em um torneio oficial, a Copa América de 2007 na Venezuela. Adivinha contra quem... Depois da decepção de 2006, a desconfiança aumentou com a derrota para os mexicanos por 2 a 0. Dois golaços: um de falta de Morales e outro com direito a chapéu de Nery Castillo. No final, o Brasil seria campeão em cima dos argentinos e ninguém lembrava mais desse susto.
Por fim, para encerrar minha lista, a Copa de 2014, que ao contrário das duas últimas competições que citei, não terminou nada bem para o Brasil.
E o próprio jogo contra os Aztecas, apresentava sinais de problemas que seguiriam nesse time.
No Castelão, em Fortaleza, segunda rodada da fase grupos - após as vitórias dos dois times na estreia - um empate em 0 a 0 que não deixou a torcida contente. O personagem do jogo é conhecido, Guillermo Ochoa. O mexicano fechou o gol e impediu a vitória brasileira. No entanto, o México não levou perigo em uma tarde em que ao invés do verde tradicional usou o vermelho.
Nas oitavas, os mexicanos jogavam melhor e venciam a forte Holanda até os minutos finais. Contudo, a tradição prevaleceu e sofreram a virada no fim.
Hoje, em um momento ruim, a seleção mexicana busca se reestabelecer como uma força da América Latina e, quem sabe, fazer grandes jogos novamente contra o Brasil e outras grandes seleções como já mostrou ser capaz em outros momentos.