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Carta Aberta à CBF

Na coluna deste mês, Lucas Alecrim opina sobre a eliminação da Seleção Brasileira na Copa América e aponta soluções para a entidade que comanda o futebol nacional.

12/07/2024 às 12h16 Atualizada em 12/07/2024 às 13h39
Por: Lucas Alecrim
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Carta Aberta á CBF (Foto: Reprodução/Robyn Back/AFP)
Carta Aberta á CBF (Foto: Reprodução/Robyn Back/AFP)

Depois da eliminação precoce do Brasil na Copa América 2024, vale aqui trazer alguns pontos que sem dúvidas merecem suas críticas e sugestões para fomentar e, por que não, tentar melhorar um dos únicos patrimônios que o Brasil ainda possui: a seleção brasileira!

Confederação Brasileira de Futebol (CBF), antes de todos os PROBLEMAS que vem sendo vistos e apontados HÁ MUITO TEMPO por muitos veículos de imprensa sobre a gestão dos técnicos e comissões, má administração, péssimos gestores, e muitas outras situações diversas. Entretanto, existe UM que é a mais preocupante de todas: IDENTIDADE.

Não é de hoje que a vontade de inúmeros atletas que vestem a camisa da seleção são cada vez menores. Podem até MENCIONAR que " é uma honra" , "sonho de criança" e outros jargões a mais. Bom, dentro de campo o desempenho é totalmente adverso dessas palavras citadas.

Atualmente, não é possível ver um atleta realmente dizer que é a cara da seleção. Para nossa concepção, não é possível enxergar tal atleta!

Acreditamos que não seja pela falta qualidade técnica e compromisso de alguns que vestem a camisa da seleção, mas sim pelo o que está já está ENRAIZADO que não há identidade desses atletas com o brilho canarinho. A última fala de Bielsa destaca muito bem essa situação que menciono.

Não é observado todos os atletas ruim tecnicamente, mas sim não há PADRÕES DE JOGO. Isso desde as categorias de base até a equipe principal. Ano passado foi uma prova significativa disso que inúmeros torneios das mais variadas categorias, inclusive feminina, e não foi visto NENHUM PADRÃO DE JOGO definido. Isso sim traduz muito a falta de identidade mencionado no começo deste texto. 

Muitas outras seleções mostraram que não temem tanto a seleção brasileira. Referente a um padrão de jogo definido, por exemplo, são as (no plural mesmo) seleções da Coreia do Sul. Nos torneios que mencionamos, se puderem observar, todas eles tinham um sistema de jogo único: preparo físico, tática forte e, na medida do possível, técnica. Entendam que estamos falando de ESTRATÉGIAS E PLANEJMANETOS DENTRO DAS FORMAÇÕES DE ATLETAS PARA AS PRÓPRIAS SELEÇÕES. Claro que não estamos taxando a Coréia do Sul como melhor (de uma forma global) do que o Brasil. Estamos apenas abordando como traçar uma identidade e definição de padrão de jogo.

Os resultados serão consequências do trabalho árduo dos envolvidos.

Há muito tempo não é visto nas seleções brasileiras tais PADRÕES. O último absurdo foi ficar de fora das Olimpíadas.

Nosso Brasil tem sim profissionais competentes o suficiente para tais ações. A questão é como estamos conduzindo o material humano. Não falo apenas dos (as) atletas que estão dentro de campo, mas sim dos profissionais que apoiam toda a estrutura.

Alguns pontos podem ser observados:

  1. Criação de vários centros de treinamentos no Brasil todo com o apoio da CBF para a captação e monitoramento dos (as) novos(as) talentos. Estudo geográfico para pontos estratégicos de formação em todas as regiões brasileiras;
  2. Convênio com Universidades e faculdades para a criação de cursos específicos para diversas áreas ligadas ao esporte;
  3. Utilização de forma otimizada dos centros de pesquisas que já existem, como a Universidade do Futebol e a NUPEF, para outras regiões do país;

E muitas outras sugestões...

Essas palavras aqui redigidas não são apenas de um escritor e crítico, mas sim de um torcedor também. Torcedor esse que um dia riu e chorou pelas vitórias e derrotas da nossa canarinha.

Além das críticas e sugestões mencionadas, nós (incluo todos que trabalham com a cadeia do esporte) queremos ver nossa seleção voltar ao lugar que merece estar: no auge.

Não apenas estar por estar no topo. Mas precisamos estar sim do nosso jeito: no jeito brasileiro de ser!

Por que a seleção brasileira ainda é nossa: é do nosso povo!

Abraços

Lucas Alecrim.

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HugoHá 3 meses Recife/PeExcelente posicionamento
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