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Antes de existir a Copa do Mundo, que teria sua primeira edição 2 anos depois, o torneio olímpico tinha status de maior competição mundial de futebol. A edição do torneio foi disputada em Amsterdã, nos Países Baixos entre 17 de maio e 12 de agosto. A Argentina fez uma final duríssima com o Uruguai, no dia 10 de junho no Estádio Olímpico, Petrone abre o placar para o Uruguai aos 23 minutos e Ferreira empata para a Argentina aos 50 minutos. Permanecendo o empate nos 90 minutos, é marcado um jogo extra, em 13 de junho, no mesmo estádio. Figueroa marca para o Uruguais aos 17 minutos, Monti empata novamente para a Argentina aos 28, mas o gol de Scarone aos 73 minutos decreta a vitória e medalha de ouro do Uruguai aos 73 minutos. Apesar de não ter levado o ouro, a Argentina teve o artilheiro da edição: Domingo A. Tarasconi, com 9 gols.
Elenco: Ludovico Bidoglio, Ángel Bossio, Saúl Calandra, Alfredo Carricaberry, Roberto Cherro, Octavio Díaz, Juan Evaristo, Manuel Ferreira, Enrique Gainzarain, Alfredo Helman, Segundo Luna, Ángel Médici, Luis Monti, Pedro Ochoa, Rodolfo Orlandini, Raimundo Orsi, Fernando Paternoster, Feliciano Perducca, Natalio Perinetti, Domingo Tarasconi, Luis Weihmuller, Adolfo Zumelzú. Técnico: José Lago.
As Olimpíadas de 1996 foram disputadas em Atlanta, Estados Unidos, de 20 de julho a 3 de agosto. A Copa do Mundo já era um torneio muito consolidado e era apenas a segunda edição (depois de Barcelona 1992) que o torneio olímpico passou a ser disputado por jogadores sub 23. Por um lado, isso tira o peso do torneio, mas por outro, acaba sendo interessante observar as novas gerações das seleções, que podem ou não se consolidar na seleção principal nos anos seguintes.
A Argentina foi a líder do Grupo A: venceu os Estados Unidos por 3x1, e empatou com Portugal e Tunísia pelo mesmo placar: 1x1. Nas quartas de final goleou a Espanha (4x0), venceu Portugal por 2x0 e enfrentou a Nigéria (que havia eliminado o favorito Brasil) na grande final. O jogo ocorreu no Sanford Stadium no dia 3 de agosto. Cláudio Lopez abriu o placar aos 3 minutos, Babayaro empatou para a Nigéria aos 28, Crespo colocou a Argentina novamente em vantagem aos 50 minutos de pênalti. Porém, Amokachi empata aos 74 minutos e Amunike vira para a Nigéria no finalzinho, aos 90 minutos. Mais uma vez a medalha de ouro escapava por muito pouco, e mais uma vez a Argentina tinha o artilheiro da competição: Crespo com 6 gols, empatado com Bebeto do Brasil.
Elenco: Matías Almeyda, Roberto Ayala, Christian Bassedas, Carlos Bossio, Pablo Cavallero, José Chamot, Hernán Crespo, Marcelo Delgado, Marcelo Gallardo, Claudio López, Gustavo López, Hugo Morales, Ariel Ortega, Pablo Paz, Mauricio Pineda, Roberto Sensini, Diego Simeone, Javier Zanetti. Técnico: Daniel Passarella.
A seleção argentina fez um ciclo entre 1998 e 2002 fortíssimo, liderando com folga as Eliminatórias Sul-Americanas, e era apontada, junto com a França, como favorita a levar a taça de 2002. O time era fortíssimo e estrelado, possuia jogadores como Crespo, Aimar, Ortega, Verón, Simeone, Batistuta, entre outros, e treinado por Marcelo Bielsa, considerado um dos melhores técnicos da história. A equipe acabou fracassando na Copa de 2002, deu azar de cair no grupo da morte. Porém, dois anos depois desse fracasso, ao olhar a seleção que disputaria as Olímpiadas da Grécia, você via nomes com potencial para manter o nível altíssimo da seleção principal por muitos anos. Chamava a atenção um jogador que parecia traduzir o espírito argentino, em uma perfeita combinação de técnica e garra, o jovem Carlitos Tevez despontava no Boca Juniors, colecionando títulos e prêmios individuais.
A seleção argentina liderou com folga o Grupo C, goleando Servia e Montenegro por avassaladores 6x0, e venceu também a Tunísia (2x0) e Austrália (1x0). No mata-mata, atropela a Costa Rica (4x0) e a Itália (3x0) e na final, disputada no Estádio Olímpico em Atenas, o 1x0 com gol de Tevez é suficiente para garantir a inédita medalha de ouro, 100% de aproveitamento e a artilharia de Carlitos, com 8 gols. Essa geração, apesar de não ter conseguido ganhar a Copa do Mundo teve jogadores com muito sucesso na seleção principal e nos grandes clubes europeus, com destaque para Javier Mascherano, que foi um dos melhores jogadores da Argentina no Mundial de 2014 disputado no Brasil, onde o título escapou por muito pouco para a Alemanha.
Elenco: Germán Lux, Wilfredo Caballero, Roberto Ayala, Fabricio Coloccini, Gabriel Heinze, Clemente Rodríguez, Leandro Fernández, Javier Mascherano, Cristian González, Andrés D'Alessandro, Lucho González, Nicolás Medina, César Delgado, Carlos Tévez, Mauro Rosales, Javier Saviola, Mariano González, Luciano Figueroa. Técnico: Marcelo Bielsa.
Um jogador baixinho franzino, habilidoso, técnico, tratado como uma verdadeira jóia nas categorias de base da Argentina, onde passou por todas as seleções. Com apenas 13 anos, foi levado para a base do Barcelona para tratar de sua questão física, já que o futebol daquele garoto não havia muita coisa para consertar. No ano de 2008, Lionel Messi já começava a ganhar espaço em um Barcelona histórico, que tinha Deco, Ronaldinho Gaúcho e Eto, e pedia passagem para jogar junto com esses craques, ainda com a camisa 19. Na seleção, era visto como uma grande promessa, uma esperança, mas nas Olimpíadas da China, o protagonista, líder técnico e camisa 10 era Riquelme. Riquelme era um dos 3 jogadores com mais de 23 anos, estava de volta ao Boca depois de uma boa passagem pelo Villareal da Espanha. Além de Riquelme, Messi, também despontavam os jovens Di Maria e Sergio Aguero. Assim como a seleção anterior, essa geração prometia mais uma fornada de bons jogadores para a seleção principal.
A Argentina liderou novamente seu grupo, dessa vez Grupo A, com tranquilidade: vitórias sobre Costa do Marfim (2x1), Austrália (1x0) e Sérvia (2x0). Na fase seguinte ganha dos Países Baixos (2x1) e atropela o Brasil, que era tido como um dos favoritos do torneio: 3x0, fora o baile. Na final, disputada no Estádio Nacional de Pequim, a chance de se vingar da Nigéria por 1996. E o gol solitário de Di Maria foi suficiente para garantir o 1x0 e o bicampeonato olímpico, consolidando mais uma geração olímpica argentina. E quanto ao garoto franzino Messi… o resto é História…
Elenco: Ezequiel Garay, Fabián Monzón, Pablo Zabaleta, Fernando Gago, Federico Fazio, José Sosa, Ever Banega, Ezequiel Lavezzi, Juan Román Riquelme, Ángel Di María, Nicolás Pareja, Lautaro Acosta, Javier Mascherano, Lionel Messi, Sergio Agüero, Diego Buonanotte, Sergio Romero, Nicolás Navarro. Técnico: Sérgio Batista.
O futebol feminino argentino não é considerado uma potência dentro da modalidade, mesmo na América do Sul ele atualmente se encontra atrás do Brasil e da Colômbia. Até o momento, a seleção argentina conseguiu classificação apenas para uma edição olímpica, em 2008 na China. O time fez uma participação muito fraca, amargando a última posição do Grupo E, após derrotas para o Canadá (2x1), Suécia (1x0) e China (2x0). Nós do Latinizados torcemos muito para que a modalidade tenha incentivo e investimento na Argentina, que essa história mude no futuro e, quem sabe, que a seleção feminina vire também uma potência na modalidade.
Elenco: Guadalupe Calello, Vanina Correa, Eva González, Yésica Arrien, Gabriela Chávez, Daiana Cardone, Florencia Mandrile, Marisa Gerez, Florencia Quiñones (Flor), Gimena Blanco, Ludmila Manicler, Emilia Mendieta, Belén Potassa, Mariela Coronel, Fabiana Vallejos, Andrea Ojeda, Mercedes Pereyra, Analía Almeida. Técnico: Carlos Borrello.
